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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Audiodescrição de pinturas são neutras?

Fichamento: Audiodescrição de pinturas são neutras? Descrição de um pequeno corpus em português via Teoria da Avaliatividade. Pedro Henrique Lima PrAXEDES Filho, Célia Maria Magalhaes. Disponível em: https://drive.google.com/file/d/0B_Tn2hKXp0qxMlZlUTlrblZnNG8/view 


“A pesquisa cuja primeira parte apresentamos aqui integrou o subprojeto, dentro do escopo do PROCAD-PosLA/PosLin, referentes as PcDVs :”Elaboração de um modelo de Audiodescrição para cegos a partir de subsídios dos estudos de multimodalidade, semiótica social e estudos de tradução”(doravante, vamos nos referir ao subprojeto como PROCAD-PosLA/PosLin-AD)”

“É preconizado na literatura não acadêmica sobre AD(...), que o texto descritivo de uma cena de filme, um programa de TV, uma pintura, uma escultura, uma exposição de museu, um monumento urbano, uma partida esportiva, uma peça de teatro etc. ou, em outras palavras, o roteiro de uma AD tem de ser isento de qualquer avaliação/interpretação.”p2

“A justificativa para essas prescrições tem a ver com o argumento de que não se pode retirar das PcDVs o direito de elas ... constituírem as avaliações/interpretações e as emoções suscitadas pelo objeto da AD.” P 2

“Essa prescrição de neutralidade incomodava os pesquisadores e audiodescritores envolvidos no PROCAD-PosLA/PosLin-AD. Quanto aos pesquisadores, por serem linguistas aplicados com formação também em linguística, resistiam a incluir a neutralidade no conjunto de parâmetros em construção e assim se posicionavam porque sabiam –com base em varias teorias, especialmente a Teoria da Avaliatividade (TA) tal como proposta no escopo da linguística Sistêmico-Funcional( LSF) - , trata-se de um parâmetro impraticável dada a impossibilidade de existirem textos orais, escritos ou sinalizados sem marcas autorais quanto às avaliações/interpretações de autores frente aos significados realizados em seus textos.” P 3

"Jakobson(2000/1959) defende que traduzir é interpretar signos em outros signos ... e a LSF entende o TT como retextualização de um texto-fonte por um novo autor, cuja a voz se faz presente. Quanto aos audiodescritores, a eles era demandado muito tempo até que expurgassem seus textos de tudo quanto parecesse ser avaliativo/interpretativo.” P 3

“A neutralidade é ainda consensual na maioria dos centros onde roteiros de AD para PcDVs são produzidos. Portanto, poucos trabalhos foram publicados que tenham questionado esse parâmetro. Tínhamos conhecimento de apenas dois. O primeiro é Holland(2009), que é um ensaio sobre a impossibilidade de neutralidade em roteiros de AD para o teatro e as artes visuais em geral com base apenas em sua experiência como audiodescritor(...) O segundo é Jiménez Hurtado (2007), que relata uma pesquisa cujo objetivo foi descrever o novo registro ‘AD filmica’ do ponto de vista, dentre outros, avaliativos/interpretativo, mas tão somente sob a ótica dos sentimentos de emoção, usando categorias próprias. A presente pesquisa se justificou, então, por ter sido a primeira que investigou a neutralidade em roteiros de AD de pinturas e sob uma perspectiva teórica abrangente, a da TA” P 4

“É necessário dizer que a academia, ao reconhecer a AD como um tipo de TAV dentro dos Estudos de Tradução, absorveu o parâmetro de neutralidade. No Brasil Silva et al.(2010) dizem, a esse respeito:
                ...o áudio-descritor (sic) não pode interferir em tais imagens e precisa seguir fielmente a regra geral “Descreva o que você vê!”. Aí reside uma especialização na constituição do gênero áudio-descrição (sic) e na veiculação deste: a objetividade... . ... o tradutor assume o papel de ator invisível ... para prevenir que a individualidade do profissional se sobreponha a obra, é fundamental que a áudio-descrição (sic) esteja alicerçada pelo aporte teórico até hoje postulado ...(p.10/12/16)
... ao defenderem que “...o áudio-descritor (sic)... precisa seguir fielmente a regra geral “Descreva o que você vê!” e que “... assume o papel de ator invisível...” (p.10). Além de Silva Et al.(2010), há, ainda no Brasil, Vilaronga (2009) – que, ao falar de AD no cinema, postula a favor da fidelidade ao filme por parte do audiodescritor  a quem fica interditado “...julga ou interpretar o filme” (p.1060) - , e Navarro (2012), que – ao tratar de AD na publicidade - , advoga por uma descrição limitada exclusivamente ao que aparece na imagem e desprovida de juízos de valores pessoais. ... Apesar de não tê-lo citado, Vilaronga(2009) certamente consultou Snyder (2008), que igualmente sem se distanciar , de nenhum modo, do documento americano fornece as seguintes orientações ...
                               Os descritores têm de resumi-la [a língua usada em uma Audiodescrição] com a sigla ‘WYSIWYS’ , isto é, ‘What You See Is What You Say’ ... . O melhor audiodescritor é chamado, as vezes, de ‘lente de câmera verbal’, capaz de, objetivamente, recontar aspectos visuais de uma exposição ou de um programa audiovisual ...
É certamente Inquestionável que as PcDVs têm capacidade cognitiva e emotiva plena, mas é questionável se os audiodescritores conseguem escrever roteiros plenamente neutros.” (p. 5,6)

“A TA- ... – fundamenta-se, no escopo da área mais geral da semiótica social, na Escola de Sydney da LSF e a expande. ... A LSF- dado seu viés funcionalista em contraposição ao viés formalista -, não se limita a estudar a língua apenas do ponto de vista intralinguístico do significado (semântica), da forma (lexicogramática) e da expressão (fonologia e fonética-grafologia e grafética). Antes de chegar aos estratos intralinguísticos, a teoria hallidayana partedo estrato ainda extralinguístico dos contextos de cultura e de situação(Social) (HALLIDAY; MATTHIESSEN, 2014) .
A cultura é o nível de contexto abrangedor e geral, no qual o sistema linguístico em sua inteireza – a língua propriamente dita – está inserido. O contexto de cultura, então, abrange o potencial linguístico inteiro e vice-versa. Por outro lado, a situação diz respeito ao nível de contexto imediato e específico, no qual uma porção muito restrita do sistema linguístico  - uma instancia da língua inteira ou um texto, seja falado, escrito ou sinalizado -, está inserida. O contexto de situação - ... -, é previsível a partir do texto e vice-versa. ” P 7

“Ainda por ser uma teoria funcionalista, a LSF transcende o único tipo de significado considerado pela semântica formalista – o representacional – e estuda outros dois tipos – o interativo e o textual.” P 7

“os tipos de significados são universais linguísticos resultantes dos usos comuns que todos os humanos fazemos das línguas em sociedade, constituindo-se nas funções da linguagem verbal ou metafunções.” P 7

“a metafunção textual ou instrumental ou viabilizadora (o falante é simultaneamente observador e intruso e, imbricado nessas duas perspectivas assume também o papel de produtor de textos) nos habilita a compor textos orais, escritos ou sinalizados coesos e coerentes, por via dos quais interagimos com o outro sobre nossas representações experienciais ou, melhor dizendo, trocamos, com ele, as nossas representações experienciais (individuais/subjetivas) das informações e os bens e serviços que circulam em cada contexto de situação da cultura.” P8

“uma vez dentro do estrato formal, as escolhas feitas nas redes de sistemas de transitividade, modo e tema, para falar apenas das principais, são realizadas, na hierarquia da oração, por funções estruturais: a oração como representação constitui-se das funções Participante – Processo- Circunstancia; a oração como troca, das funções Modo(Sujeito – Finito) e Resíduo (Predicador-Complemento- adjunto circunstancial); a oração como mensagem, das funções Tema-Rema (fase funcional/sintagmática da semiose cognitiva).” P8

"Cada área da lexicogramática ativa o sistema de sons ou sinais –fonologia ou o sistema de letras-grafologia, sendo por eles realizada (semiose física). Mais uma vez, o contraponto dialético está presente: a fonologia-grafologia constrói e realiza a área lexicogramatical correspondente .” p 8,9

“Dentro ...da LSF, o sistema de avaliatividade da TA, ..., encontra-se no estrato da semântica, inserido, mais especificamente, na metafunção interpessoal. Trata-se de uma rede de sistemas de significados avaliativos." p9
“Uma rede de sistemas é um conjunto de sistemas inter-relacionados, cuja organização relacional se dá através dos níveis de delicadeza da escala de delicadeza ou refinamento/detalhamento. Um sistema por sua vez, é um conjunto  de termos mutuamente excludentes/não simultâneos ou simultâneos dentre os quais o falante/escritor faz escolhas. Cada rede de sistemas tem uma condição de entrada inicial que estabelece seu ambiente/escopo e enseja que sejam feitas escolhas dentre os termos dos sistemas no primeiro nível de delicadeza, os mais gerais.”p 9

“A rede de sistemas avaliativa comporta, em um primeiro nível de delicadeza a partir da condição de entrada inicial ‘avaliatividade’, o sistema simultâneo TIPOS DE AVALIATIVIDADE ,com os seguintes termos/escolhas: ‘atitude’(...TIPOS DE ATITUDE são áreas de significados interpessoais dos quais o falante- escritor avalia/interpreta positiva ou negativamente os sentimentos, e/ou ‘engajamento’ (... TIPOS DE ENGAJAMENTO são áreas de significados interpessoais através dos quais o falante-escritor avalia/interpreta via seus posicionamentos sobre o que diz e via a relação entre o dizer autoral e outras vozes avaliativas presentes no universo da intertextualidade, ...sido a dialogia bakhtiniana a base apara a teorização a respeito. ...) e/ou ‘gradação’ (...TIPOS DE GRADAÇÃO são áreas de significados interpessoais através dos quais o falante-escritor avalia/interpreta por amplificação ou redução do grau das avaliações atitudinais e do grau das avaliações pelos posicionamentos das vozes autorais e da relação entre estas e as vozes não autorais)” p 9,10

“TIPOS DE ATITUDE... ‘afeto’ ...avaliações/interpretações sobre as emoções ...; o ‘julgamento’... avaliações/interpretações sobre o comportamento das pessoas, podendo envolver valores que comprometem o individuo perante o circulo de pessoas de seu convívio...; a ‘apreciação’ ...avaliações/interpretações sobre o aspecto estético das coisas, das pessoas e dos fenômenos semiótico e naturais. ... Há ainda no segundo nível de delicadeza, os sistemas não simultâneos POLARIDADE e TIPOS DE REALIZAÇÃO DE ATITUDE. Os termos/escolhas do primeiro são ‘positiva’ ou  ‘negativa’ ou ‘ambígua’... . Os termos/escolhas do segundo são ‘inscrita’ ou ‘evocada’. P.10

“TIPOS DE ENGAJAMENTO comporta termos/escolhas “monoglossia’ ou  ‘heteroglossia’. O primeiro tem a ver com asserções categóricas que não permitem o questionamento ou que não dão margem a dialogia, isto é, a ver com asserções que podem propiciar “... desengajamento heteroglóssico”(WHITE, 2003,p 262) ... ; o segundo , por outro lado, tem a ver com o reconhecimento por parte do falante-escritor, de que existem outras vozes ou pontos de vista acerca do assunto que está tratando. ... TIPOS DE GRADAÇÃO disponibiliza os termos/escolhas ‘força’ e/ou  ‘foco’, os quais se combinam, ... sistema não simultâneo DIREÇÃO DA GRADAÇÃO, cujos termos são: ‘aumento’ ou ‘diminuição’. P11

”O sistema TIPOS DE FORÇA é simultâneo, no terceiro nível de delicadeza, ao sistema simultâneo TIPOS DE REALIZAÇÃO DE FORÇAS, cujos termos/escolhas são ‘isolada’ (... – muito feliz )ou ‘fusionada’ (... – exultante = muito feliz)” p 11

“aproveitamos para aumentar o ‘nível de delicadeza’ da informação: ao combinarmos a relação de conjunção com sistemas, a simultaneidade é obrigatória e só ela é possível (...se estabelece entre os sistemas TIPOS DE ATITUDE, POLARIDADE E TIPODE REALIZAÇÃO DE ATITUDE; entre os sistemas TIPOS DE GRADAÇÃO e DIREÇÃO DA GRADAÇÃO; bem como entre os sistemas TIPOS DE FORÇA e TIPOS DE REALIZACAO DE FORÇA); ... o falante-escritor poder avaliar via ‘afeto’ e/ou ‘julgamento’ e/ou ‘apreciação’.” p 12

“Um IFS(índice de frequência simples)é o numero de ocorrências de um dado traço linguístico por cada 1000 palavras de texto, que é o numero de ocorrências do traço dividido pelo total de palavras de cada roteiro, com o resultado multiplicado por 1000. Esse é um recurso estatístico para neutralizar o fato de que os roteiros têm números de palavras corridas diferentes.” P 15

“evidencia que os audiodescritores que escreveram os roteiros de AD, em português brasileiros, das pinturas listadas ...  não foram neutros, tendo sido, por conseguinte avaliativos/interpretativos.”p15

“os resultados corroboram empiricamente as pistas fornecidas por Martin e White (2005) de que não há neutralidade em língua em decorrência do fato de que até as “... asserções categóricas ... são... intersubjetivamente ... posicionadas ...” (P.94) e por Jakobson (2000/1959) de que traduzir é interpretar. ...parecem corroborar também a intuição de Holland (2009), de acordo com a qual não existe a possibilidade de neutralidade em roteiros de AD para o teatro e as artes visuais em geral. Quanto à Jiménez Hurtado (2007), não são somente sentimentos emotivos que estão presentes nos roteiros de AD das pinturas, mas também sentimentos éticos e estéticos.” P 22

“Quando a impossibilidade de neutralidade for suficientemente comprovada em roteiros de cada tipo de produto em várias línguas será importante, tendo em vista especialmente a formação de audiodescritores, a condução de pesquisas que investiguem se os padrões avaliativos que emergem da análise microlinguística constituem-se, ou não, na assinatura avaliativa do audiodescritor ou no estilo avaliativo do roteiro de AD” P25


                                                                           
TT = Texto Traduzido
TA = Teoria da Avaliatividade
LSF = Linguística Sistêmico-Funcional
TAV-Ac = à Audiodescrição (AD), tipo de tradução predominantemente
intersemiótica (semiose visual – semiose verbal oral), podendo ser, ocasionalmente, também intrassemiótica como no caso, por exemplo, da descrição dos créditos de um filme ou programa televisivo  (semiose verbal escrita – semiose verbal oral).
SEs=Surdos e ensurdeceidos
PcDVs_Pessoa com deficiência visual
TAV-Ac =tradução audiovisual acessivel
TAV =taducao audiovisual
LSE=Legendagem para surdos e ensurdecidos
AD= Audiodescriçaõ
PosLA-CH-UECE = Programa de Pós graduação em Linguistica Aplicada –Centro de Humanidades da UECE
LATAV = LABORATÓRIO DE TRADUCAO AUDIOVISUAL
PosLin-FALE-UFMG= Programa de Pos graduação em Estudos Linguisticos – Faculdade de Letras UFMG

LETRA= Laboratório Experimental de Tradução 

Educação a distância na UECE

FICHAMENTO: MAIA, J.E.B., VIDAL, E. M. . Educação a distância na UECE: uma proposta estratégica para o Ceará do Futuro. disponível em: http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:lvLdyvlaSF0J:www.uece.br/sate/index.php/downloads/doc_download/2039-texto-5-ead-na-uece+&cd=1&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br


“ A introdução da EAD no Brasil remonta ao inicio do século XX, com uso de material impresso, ... cursos a distancia, por correspondência,...Nas primeiras décadas do século XX, surge no Brasil os primeiros cursos, oferecidos pelo Instituto Monitor, voltados para a formação no ramo da eletrônica e pelo Instituto Universal Brasileiro (IUB), dirigidos para a formação de nível elementar e médio.” (p.1)

“A criação da Fundação Rádio Sociedade do Rio de Janeiro , em 1923, posteriormente doada para o Ministério da Educação e Saúde e o inicio das escolas radiofônicas em Natal. Tais iniciativas deram impulso á utilização do veículo para fins educacionais na primeira metade do século XX.” P 1

“Em 1960, se inicia uma ação sistematizada do Governo Federal em EAD, mediante contrato entre o MEC e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) que previa a expansão do sistema de escolas radiofônicas abrangendo os estados nordestinos e fazendo surgir o Movimento de Educação de Base (MEB) que incluía um sistema de ensino a distância não formal. Cinco anos depois, começavam a serem realizados os trabalhos da Comissão para Estudos e Planejamento da Radiodifusão Educativa, seguida da instalação de oito emissoras da televisão educativa pelo poder público... nasce o Projeto Minerva, através de decreto ministerial e da portaria Nº208/70” P 1

“até chegar à geração na qual ocorre a criação de ambientes virtuais de aprendizagem com processos de ensino-aprendizagem multimidiáticos e multilaterais. Só na década de 1990 é que surgiram as primeiras ferramentas de apoio á aprendizagem virtual no Brasil,..., desenvolvendo a EAD on-line.” P.1, 2

”O processo de normatização da EAD no Brasil ocorreu a partir da publicação da LDB de 1996 (nº9.394/96), que no artigo 80 menciona que “O poder Público incentivará o desenvolvimento e a vinculação de programas de ensino a distância, em todos os níveis e modalidades de ensino, e de educação continuada. ..., representou um avanço significativo para as iniciativas que já estavam em andamento e estimulou a adoção mais frequente dessa modalidade” p. 2

“com as definições apresentadas na LDB, o Governo procurou criar condições para que a viabilização concreta de atividades envolvendo EAD ocorressem. ...Em dezembro de 2005 é publicado o decreto Nº 5622 que revoga os decretos anteriores sobre a matéria e regulamenta, novamente, o artigo 80 da LDB. Os principais pontos deste decreto são:
·         Caracteriza a educação à distancia como modalidade educacional, organizada segundo metodologia, gestão e avaliação peculiares.
·         Prevê a obrigatoriedade de momentos presenciais e os níveis e modalidades educacionais em que poderá ser ofertada.
·         Estabelece regras de avaliação do desempenho do estudante para fins de promoção, conclusão de estudos e obtenção de diplomas e certificados, sendo que estes terão validade nacional.
·         Confere ao MEC a competência de organizar a cooperação e integração entre os sistemas de ensino, objetivando a padronização de normas e procedimentos em credenciamentos, autorizações e reconhecimentos de curso e instituições a distancia.
·         Apresenta instruções para oferta de cursos e programas na modalidade à distância na educação básica, ensino superior e pós-graduação .
De 1994 a 2009 a história no Brasil registra avanços significativos e de forma acelerada, chegando a compensar o lento ritmo com que caminhou na segunda metade do século XX em relação a outros países que criaram seus sistemas de EAD. “ P. 2,3

“Foi com a publicação da LDB de 1996, que a EAD no Brasil iniciou um processo de crescimento acelerado. ... é inegável que o setor privado tomou a dianteira na oferta desta modalidade de ensino, pelo menos nos primeiros dez anos. ... A universidade Aberta do Brasil (UAB) surge como uma iniciativa do MEC visando à inclusão social e educacional por meio da oferta de educação superior a distância. ... expandir e interiorizar o ensino superior público e gratuito no País com a incorporação de novas metodologias de ensino, especialmente o uso de tecnologias digitais. “ p 2,3

“A criação da UAB incentivou as instituições publicas a participarem de programas de formação inicial e continuada de professores para Educação Básica que podiam ser ofertados na modalidade a distancia.”

“A UAB não constitui uma nova instituição para ao MEC. Na verdade ela apresenta uma configuração de rede, envolvendo as Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) e as Instituições Públicas de Ensino Superior (IPES) .” P 4

“A UAB é formada por uma “rede nacional experimental voltada para pesquisa e para a educação superior ... que será formada pelo conjunto de instituições publicas de ensino superior em articulação e integração com o conjunto de polos municipais de apoio presencial.” .” p 4

“no ano de 2005 foi lançado o primeiro Edital para oferta de cursos de graduação na modalidade a distancia. Entre as instituições que concorreram ao referido edital, a Universidade Estadual do Ceará (UECE) integrou  consórcio junto com a Universidade de Brasília para oferta do curso de Licenciatura Plena em Letras. ... a UECE também participa do consórcio interinstitucional para oferta do curso de graduação em Administração, com apoio do Branco do Brasil. “ p 5

“No ano de 2006, o MEC lança o Edital de Seleção UAB Nº 01/2006, para oferta de cursos de Graduação ... . a proposta de oferta de sete cursos ... que aprovadas, tiveram suas atividades iniciadas em 2009.” P 5

“A proposta da UAB/UECE, no que tange a oferta de cursos de graduação na modalidade de educação a distancia, busca incorporar o uso das novas tecnologias e o crescente grau de interatividade que tem permitido alterar as relações de tempo e espaço, ... .Isso nos leva a redefinir os limites entre o que seja educação presencial e educação a distancia e a criação de um modelo de oferta que, na literatura internacional, se denomina blended learning que se pode traduzir como cursos híbridos.” P. 5

“Aceitando a definição de Graham (2005), podemos afirmar que a blended learning consiste na combinação de aprendizagem presencial com aprendizagem virtual interativa. ... Este modelo apresenta como vantagem o fato de que nas atividades remotas, ou com apoio de recursos virtuais, é possível atender a diferentes estilos e ritmos de aprendizagem e aumentar a produtividade do professor e do aluno.” p 6

“Um dos desafios para os cursos de EAD é atingir um equilíbrio adequado entre estudo independente e atividades interativas. O conceito de interação não se restringe apenas a relação professor/aluno, mas há que se considerar diversos tipos de interatividade e diversas tecnologias que podem ser utilizadas, respeitando as características próprias de cada mídia, e o planejamento da interação concebido para o curso em EAD.”P.7

“Pode-se considerar que os cursos oferecidos na modalidade EAD na UECE apresentam convergência entre a educação presencial e a distancia, trabalhando com recursos tecnológicos e ferramentas que possibilitam graus distintos de interatividade.” p. 7

“a UECE procurou adotar um modelo andragógico de aprendizagem, uma vez que este se refere a uma educação centrada no aprendiz, para pessoas de todas as idades.” P 7

“Segindo Knowles, o modelo andragógico está fundamentado em quatro premissas básicas para os aprendizes ...
1.       O posicionamento muda da dependência para a independência ou auto direcionamento.
2.       As pessoas acumulam um reservatório de experiências que pode ser usado como base sobre a qual será construída a aprendizagem.
3.       Sua prontidão para aprender torna-se cada vez mais associada com as tarefas de desenvolvimento de papéis sociais.
4.       Suas perspectivas de tempo e de currículo mudam do adiamento para o imediatismo da aplicação do que é aprendido e de uma aprendizagem centrada em assuntos para outra, focada no desempenho. “ p 7

“o modelo andragógico de aprendizagem tem seus fundamentos na experiência educativa de Dewey, na construção do conhecimento de Piaget, na interação social de Vygotsky e na educação transformadora de Paulo Freire. “ p 8

“As contribuições de Piaget e Vigotsky estão presentes de forma bastante efetiva nas formulações e definições das estratégias de interação. ... Ambos são considerados construtivistas em suas concepções de desenvolvimento intelectual, afirmando que a inteligência é construída a partir das relações recíprocas do homem com o meio.” P 8 

“enquanto Piaget se interessava pelo modo como o conhecimento é adquirido e primariamente formado, onde a teoria é um acontecimento da invenção ou construção que ocorre na mente do indivíduo, Vygotsky atentava como os fatores sociais e culturais, herdados em uma sociedade, eram trabalhados na mente do indivíduo de modo que influenciassem no desenvolvimento intelectual. “p 8

“Na obra Pedagogia da autonomia, Freire (1996) define a autonomia como algo que “vai se construindo na experiência de várias, inúmeras decisões, que vão sendo tomadas,” . ... A experiência autônoma, fundada na liberdade, é algo que se constitui desde o exercício de pequenas decisões cotidianas tomadas com responsabilidade. A educação deve guiar-se pela importância do amadurecimento na realização das escolhas, das decisões com responsabilidade.’ P 9

“A andragogia tem como principal objetivo aumentar o conhecimento dos alunos, acrescentando novos conhecimentos que possam ser aproveitados de maneira prática.” P9

“Entre os objetivos do modelo andragógico, podemos destacar os seguintes:
1.       Desenvolver capacidades em curto prazo. (...) 2. Aumentar conhecimentos. (...) 3. Melhorar atitudes e comportamentos. (...) 4. Modificar hábitos. (...) 5. Desenvolver a autoaprendizagem (...)
O aluno se torna o responsável por maior parte em seu próprio ensino e é incentivado a buscar, por conta própria, maiores informações da maneira que julgar adequada. Afinal, o adulto é um indivíduo responsável por sua pessoa e assume caráter autônomo na sociedade.” P 10

“Linderman (1926) identificou cinco pressupostos principais que são pontos chave na aprendizagem do adulto, São eles:
·         Adultos são motivados a aprender, à medida que percebem que a necessidades e interesses que buscam estão, e continuarão sendo satisfeitos. ...
·         A orientação de aprendizagem do adulto está centrada em sua vida ; portanto, as unidades apropriadas para se organizar seu programa de aprendizagem são as situações de vida e nas as disciplinas. ...
·         A experiência é a mais rica fonte para o adulto aprender, por isso, o centro da metodologia da educação do adulto é a análise das experiências externas, e do próprio cotidiano de cada aluno. Praticamente todo o conteúdo deve ser de utilidade prática e imediata, porém resultando em mudanças de atitudes e especialização de habilidades que geram resultados em longo prazo. ...
·         Adultos têm uma profunda necessidade de serem autocorrigidos; por isto o papel do professo é engajar-se no processo de mútua investigação com os alunos e não apenas transmitir-lhes seu conhecimento e depois avalia-los.
·         As diferenças individuais entre pessoas cresce com a idade; por isto a educação de adultos deve considerar as diferenças de estilo, tempo, lugar e ritmo de aprendizagem.” P10

“No caso da educação a distancia, as primeiras contribuições sobre processos  de interação foram dadas por Moore (1989) que destaca as relações entre alunos, professores e conteúdo em EAD por meio de três tipo de interação: aluno/professor, aluno/aluno e aluno/conteúdo. Em 1994, Hillman , Willis e Gunawardena adicionaram a interação aluno/interface,... . Soo e Bonk (1998) acrescentam a interação do aluno com ele próprio ou interação interpessoal (BERGE, 1999), que enfatiza a importância do diálogo interno do aluno consigo mesmo quando da interação com o conteúdo.
Sutton (2001) introduz a ideia de interação vicária, que é um tipo de interação silenciosa em que o aluno observa as discussões e os debates presenciais ou virtuais sem dele participar ativamente. Isso não quer dizer que ele não está envolvido com o conteúdo e se processando aprendizagem (...). Em 2003, Anderson amplia a perspectiva de Moore incluindo mais três tipos de interação: professor/professor, professor/conteúdo e conteúdo/conteúdo.” P. 12

“a interatividade pode ser implementada como um Continuum em que os espectros do espaço e do tempo podem intensificar-se graças as novas possibilidades e ao baixo custo das tecnologias interativas.” P 12
Alunos/professor – presencial e a distancia ,encontros nos polos, Professores formadores online no AVA Moodle, ...
Aluno/aluno: Forum de interação, email e outras ferramentas: aspecto colaborativo e cooperativo, diminuindo a sensação de isolamento. “Segundo Mattar(2009) “essa interação também desenvolve o senso critico e a capacidade de trabalhar em equipe e, muitas vezes, cria a sensação de pertencer a uma comunidade.
Aluno/conteúdo: livro texto básico produzido para a disciplina disponibilizado no AVA Moodle em PDF, interação com o tutor a distancia que esta a partir do AVA disponível, o tutor presencial que se encontra no polo, e pelos coordenadores do curso de tutoria de forma presencial ou a distancia Aluno/interface: interação entre o aluno e a tecnologia, ela como mediadora da interação destes com o conteúdo, professor, os tutores e outros alunos.
Interação Interpessoal: reflexões do aluno sobre o conteúdo e o processo de aprendizagem. Aluno adulto tem senso critico desenvolvido, não aceitando de forma automática  suas próprias opiniões ou opiniões alheias.”p.13

“os professores e tutores que integram a logística de organização da proposta pedagógica atuam a partir das seguintes interações:
·         Professor formador trabalha diretamente com os alunos e tutores auxiliando-os nas atividades de rotina, ...
·         Tutor a distancia atua como elo de ligação entre os estudantes e o professor e entre os estudantes e a instituição. Cumpre o papel de facilitador da aprendizagem, ...
·         Tutor presencial atua como elo entre o estudante, os professores , os tutores a distancia e a instituição. Cumpre o papel de apoiadores de processo de aprendizagem nos polos do curso e é responsável pela assistência presencial ao aluno.” P 14

“Para a EAD , o ato pedagógico não é mais centrado na figura do professor, e não parte mais do pressuposto de que a aprendizagem só acontece a partir de uma aula realizada com a presença deste e do aluno. “ p 15

“A EAD, pelos próprios mecanismos pedagógicos adotados, favorece a formação de cidadãos mais engajados socialmente, conscientes de sua autonomia intelectual e capazes de se posicionar criticamente diante das mais diversas situações.” P 15

“As ações na EAD são norteadas por alguns princípios, entre eles: Flexibilidade, ..., Contextualização, ... , Diversificação, ..., Abertura, ..., ler os livros-textos, refletindo acerca dos conceitos, ideias e exemplos apresentados pelos autores,..., registrar todas as dúvidas, ..., responder todas as atividades que se encontram em cada seção ou tópico do livro-texto, ...formar grupo de estudos e discutir os conteúdos das disciplinas. ... . Visitar rotineiramente o AVA pois lá encontrará as mais diversas informações e se manterá atualizado sobre as atividades. ... verificar sempre a caixa de entrada do seu email, pois é um importante canal de comunicação entre todos os envolvidos no processo de ensino e aprendizagem. ... Associar diferentes meios de comunicação, fomentando a convergência e o diálogo entre as mídias no processo de ensino-aprendizagem, amplia as possibilidades de estímulos pedagógicos e reforça a aquisição do conhecimento. “ p 16

“No modelo andragógico definido, a aprendizagem é responsabilidade compartilhada entre professores tutores e alunos, criando um alinhamento com a maioria dos alunos, que buscam independência e responsabilidade por aquilo que julgam ser importante aprender. “p 17

“NO contexto dos cursos de graduação a UAB/UECE são disponibilizados os seguintes recursos didáticos: Materiais impressos. Video aulas, ambiente virtual de aprendizagem, Video conferencia, quadro branco, encontros presenciais ministrados por professores formadores.” P 17,18

“o meio impresso assume a função de base do sistema de multimeios. Não porque seja “o mais importante” ou porque os demais sejam prescindíveis, mas porque ele é o único elemento de comunicação fisicamente palpável e permanente no sentido de pertencer a seu usuário.” P 18

“o uso dos recursos audiovisuais, especialmente o vídeo amplia a capacidade de aprendizagem dos estudantes bem como atua no sentido de manutenção dessas informações na memória, por mais tempo. ... formas mais usadas são: Video Lição: é a exposição sistematizada de alguns conteúdos. ... Programa motivador: audiovisual feito para suscitar um trabalho posterior ao objetivado.“ p 19
O ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) adotado nos cursos da UAB/UECE é o MOODLE. ...sistema de gerenciamento de cursos online de código aberto, cujo desenho está baseado na adoção de uma pedagogia socioconstrutivista, que busca promover colaboração, atividades individuais e compartilhadas, reflexão critica, autonomia, entre outros aspectos. ... uma ambiente seguro e flexível, permitindo adaptá-lo às necessidades de qualquer curso a distancia ou daqueles que, mesmo sendo presenciais, desejem utilizar um AVA como recurso adicional.” P 20

“ Videoconferência é uma das melhores ferramentas de abordagem síncrona , pois possibilita o uso de imagens e som em tempo real. A videoconferência pode ser oferecida por meio das salas de videoconferência ou por meio do computador, cujas conexões podem ou não ser realizadas pela internet. ... A videoconferência por internet traz ao modelo de EAD alguns avanços relacionados à criticada impessoalidade existente nas demais ferramentas, pois permite estabelecer contato visual entre os alunos e professores.” P 21,22

“Quadro Branco é uma ferramenta que possibilita transcender às limitações impostas pela interface de texto para a discussão e difusão de ideias entre participantes de um curso on line. ...o quadro branco busca reproduzir esta situação com uma janela em branco, onde se pode escrever, desenhar, colar dados e imagens, cujo conteúdo é propagado para os demais participantes dispersos geograficamente.... quem pode escrever: deve-se decidir se todos os usuários poderão escrever no quadro. Isto pode gerar confusão, pois dificulta saber quem escreveu o quê... permitir que apenas o professor possa escrever no quadro. Quando escrever: o professor pode autorizar o aluno a usar o quadro quando este solicitar, ...Controle de cores: o estabelecimento de uma cor de caneta para cada participante possibilitaria a identificação do conteúdo com o seu autor. ... Controle do apagador: deve-se definir quem detém o controle do apagador , pois este pode interferir no desenvolvimento de ideias de outros participantes. ... uma ferramenta excelente para a apresentação ou discussão de ideias em grupo. “ p 22

“em todas as disciplinas constantes na matriz curricular, existirão momentos de encontros e atividades presenciais. 1º apresentação geral do modulo didático e as grandes temáticas da disciplina , ... 2º ... momento que devera priorizar a aplicação de praticas como componentes curricular nas disciplinas de conteúdo cientifico, através da inserção de aulas praticas, ... 3º ... é reservado para revisões, tira duvidas e aplicação da avaliação presencial.” P 23

“no contexto da EAD, o aluno não conta comumente, com a presença física do professor, portanto, torna-se necessário desenvolver métodos de trabalho que oportunizem ao aluno: buscar a interação permanente com os professores e com os tutores; ... estabelecimento de uma rotina de observação, descrição e análise contínuas da produção do aluno, que, embora se expresse em diferentes níveis e momentos, não devem alterar a condição processual da avaliação. .. a avaliação se dê de forma continua, cumulativa, descritiva e compreensiva, é possível particularizar quatro momentos no processo: acompanhamento do percurso de estudos do aluno em diálogos e entrevistas com os tutores. Produção de trabalhos escritos que possibilitem uma síntese dos conhecimentos trabalhados. Apresentação de resultados de estudos e pesquisas realizados semestralmente em seminários temáticos integradores. Avaliação escritas presenciais. “ p 23,24

“ao aluno que não obtiver avaliação satisfatória será oportunizada, no semestre imediatamente seguinte, sob orientação de tutor, nova oportunidade, de maneira que o mesmo possa refazer seu percurso e ser novamente avaliado. A repetição do desempenho insatisfatório resultará no desligamento do aluno do curso. “ p 24

“os alunos devem seguir a sequencia de disciplinas ou módulos didáticos” p 24

“Não será permitido o trancamento., no entanto, serão validadas disciplinas cursadas em outros programas de graduação de qualquer natureza.” P 24

“A avaliação da aprendizagem nos cursos da UAB/UECE assumirá funções diagnóstica, formativa e somativa, desenvolvendo-se de forma contínua, cumulativa e compreensiva. ... .Ao final de cada disciplina haverá uma prova escrita realizada presencialmente, no último encontro da disciplina.” P24

“Os avanços no campo da pedagogia e da psicologia recomendam que a atividade de avaliação não deve ser uma atividade solitária do professor como é comum na nossa tradição educacional. A diversificação de instrumentos de avaliação aconselha, como forma de garantir a redução da subjetividade, o trabalho em equipe dos professores. ... Esse trabalho em equipe não deve ser visto, apenas, no âmbito de uma disciplina, já que todos os professores partilham objetivos de desenvolvimento de competências transversais, comuns.” P 25

“competências cognitivas as diferentes modalidades estruturais da inteligência que compreendem determinadas operações que o sujeito utiliza para estabelecer relações com o entre os objetos físicos, conceitos, situações fenômenos e pessoas. As habilidades instrumentais referem-se especificamente ao plano do saber e decorrem, diretamente, do nível estrutural das competências já adquiridas e que se transformam em habilidades. ... Observado a função pedagógica Da avaliação, deve-se considera-la uma peça essencial para a regulação contínua das aprendizagens. Assim a avaliação não pode situar-se somente no final do processo ensino-aprendizagem, mas em vários momentos e com objetivos diferentes. “ p 25

“Avaliação inicial, também chamada de preditiva tem como principal objetivo determinar a situação de cada aluno antes de iniciar um determinado processo de ensino-aprendizagem, visando adaptá-lo as suas necessidades. Ela pode ser prognóstica, quando trabalha com um conjunto de alunos, grupos ou classes; e diagnóstica, quando se refere a cada aluno. ... .Avaliação formativa se refere a procedimentos utilizados pelos professores para adaptar seu processo didático aos progressos e necessidades de aprendizagem observada em seus alunos. ... Este tipo de avaliação tem como finalidade fundamental uma função ajustadora do processo de ensino-aprendizagem ... detectar pontos frágeis da aprendizagem,... Avaliação somativa tem como objetivo estabelecer balanços confiáveis dos resultados obtidos ao final de um processo de ensino- aprendizagem. Como prática docente, a avaliação deve ser contínua e sistemática. ..., contribuindo para o sucesso da tarefa educativa. “ p 26

“para o aluno, a avaliação se torna um elemento indispensável no processo de escolarização, visto possibilitar ao mesmo acompanhar o seu desempenho e compreender seu processo de desenvolvimento cognitivo, afetivo e social. ... . Para o professor e tutores a avaliação tem um papel relevante porque fornece subsídios para uma reflexão contínua sobre sua prática, criação de novos instrumentos e revisão de aprendizagem individual ou de todo o grupo. ... . A avaliação ocorre sistematicamente durante todo o processo de aprendizagem e ensino.” P 27

“Nos cursos da UAB/UECE o processo de avaliação é constituído de dois momentos  do aluno. Serão avaliados os seguintes aspectos: interação com seus tutores e colegas, participação nas atividades a distancia, produção de trabalhos escritos e avaliações on line sícronas e assícronas. A) Momentos presenciais: compreenderá exames escritos e apresentação de resultados de estudos e pesquisas realizadas semestralmente em seminários temáticos integradores. “  p.27

“é importante portanto, desencadear um processo de acompanhamento a distancia do aluno que possibilite informações sobre vários aspectos, dentre os quais: Grau de dificuldade encontrados na relação com o conteúdos estudados; desenvolvimento das propostas de aprofundamento dos conteúdos; estabelecimento de relações entre os conteúdos estudados e sua pratica pedagógica; uso de material de apoio a bibliografia; participação nas atividades propostas; interlocução com professores, tutores e colegas; Pontualidade nos momentos presenciais, e na entrega dos trabalhos e no ambiente de aprendizagem de integração. O acompanhamento do desempenho do aluno será realizado pelos professores formadores e tutores a distância com base em critérios avaliativos e registrado em instrumento específico.” P27, 28

“Para assegurar o desenvolvimento do projeto de EAD da UAB/UECE foram estruturadas equipes de trabalho que se responsabilizam pela logística da produção centralizada dos diversos segmentos necessários para a implementação dos cursos, entre eles: Concepção, design instrucional e organização dos recursos pedagógicos. Coordenação dos cursos e polos. Desenvolvimento e manutenção do AVA Moodle. Gerenciamento das ferramentas de EAD disponíveis.  Concepção e implantação da avaliação institucional. Gestão pedagógica, administrativa e financeira dos convênios e projetos vinculados ao sistema UAB, Editoração, produção e gravação de vídeo aulas e videoconferências. Desenvolvimento , utilização e formação continuada para os profissionais envolvidos, no uso do quadro branco.” P 29

“A equipe multidisciplinar é constituída de profissionais que apresentam perfil de formação compatível com as demandas conceituais e procedimentais inerentes as necessidades da modalidade de educação a distancia implementada na UAB/UECE.”P 29

“Professor conteudista: é responsável pela produção de textos de autoria, para as disciplinas, fruto de iniciativas acadêmicas de pesquisa e produção intelectual,...é responsável pela legitimidade e autoria dos textos,” p 30

“Professor formador: responsável pela disciplina de cada curso, estará a disposição para esclarecimento de duvidas dos estudantes e/ou tutores.” p 30

“A oferta de cursos na modalidade EAD, por sua vez, exige a presença de outros profissionais no processo de mediação da aprendizagem, que são os tutores a distancia e presencial. Tutores a distancia: trabalha diretamente com os professores conteúdistas  e formadores auxiliando-os nas atividades de rotina do curso. Cumpre o papel de facilitador da aprendizagem. ... numero de tutores a distancia é definido obedecendo a regra de 1 tutor para cada grupo de 25 alunos. ... Tutores presencial: fará o acompanhamento dos estudantes nos polos presenciais, permitindo acesso à infraestrutura, esclarecendo dúvidas técnicas sobre o ambiente de aprendizagem e motivando os alunos.... para garantir o processo de interlocução permanente e dinâmico, a tutoria utilizará não só a rede comunicacional viabilizada pela internet, mas também outros meios de comunicação como o telefone, faz e correio, que permitirão a todos os alunos, independente de suas condições de acesso ao polo contar com apoio e informações relativas ao curso.” P 31,32,33

“Os cursos do sistema UAB/UECE oferecidos na modalidade EAD estão organizados a partir de um subsistema de produção centralizada com execução descentralizada. ... coordenador de curso: responsável pela coordenação do curso, cabendo a ele a responsabilidade pela organização administrativa e acadêmica, competindo-lhe também acompanhar e avaliar todo o processo de execução do curso nos polos. ... Coordenador de tutoria: acompanha diariamente o desenvolvimento das atividades da tutoria em relação ao estudo das unidades através do AVA. ... Coordenador de Polo: responsável pela coordenação do polo de apoio presencial, permitindo o acesso dos alunos efetivamente matriculados à infraestrutura existente, organizando o funcionamento administrativo e acadêmico. “ p 33,34