FICHAMENTO: José Márcio Barros e Paula Ziviani. Conhecer e agir no campo da cultura: diagnóstico, informações e indicadores. In: Pensar e Agir com a cultura: desafios da gestão cultural. Org. Jose Marcio Barros e José Oliveira Junior. Belo Horizonte. Observatório da Diversidade Cultural, 2011. 156p.
“Nem lá, na objetividade cartesiana, nem cá, no subjetivismo
romântico, a realidade parece melhor definida como aquilo que se institui na
tensão entre um e outro, entre o dado e o percebido. A informação e o vivido.” p
100
“Não basta ser sujeito e/ou gestor da cultura, para se
arvorar ao lugar de conhecedor. O conhecimento sobre a realidade reside muito
além da identidade, das habilidades técnicas e do acesso a informações. É resultado
da competência em transformar aquilo que nos chega, cortado, recortado e embrulhado
para um consumo mecânico, em objeto de desconstrução e revelação do que não esta
imediatamente dado e visível. Conhecer nossos modelos de conhecimento é,
segunda Edgard Morin (2003), o que nos traz autonomia e competência.” P 101
“coloca-se em
evidencia a relevância da pesquisa, da elaboração de indicadores e do
diagnóstico na área da cultura como subsídios imprescindíveis para um melhor
planejamento das ações em todas as esferas de atuação.” P 103
“informação é conhecimento para a ação , ou seja, orienta e
direciona as ações do setor ao qual ela se refere. É preciso que haja uma
política continuada de geração de dados para a cultura, o que irá garantir o
desenvolvimento de séries históricas, que permitam a comparação entre períodos
diferentes e a análise do impacto de ações planejadas em determinadas
realidades.” P 103, 104
“o planejamento é uma ferramenta de extrema relevância para
a construção do futuro que desejamos. Quando bem estruturado e desenvolvido
corretamente, reduz o grau de incertezas e riscos. (...) deixa de lado o
improviso – prática inerente ao setor cultural – ou a submissão, nem sempre
gratificante, ao destino. (...)é ideal que um processo de planejamento parta de
um conhecimento prévio e sistematizado da realidade na qual se pretende
intervir. Economizam-se esforço, tempo, recursos humanos e financeiros,
evitando desgastes e atropelos.” P 104
“Fa-se necessária a construção de uma rede de informações e
indicadores voltados para a compreensão multidimensional da cultura, abrangendo-a
em todos os seus aspectos.” P 105
“o diagnóstico implica em observar, detectar e conhecer a
realidade de um lugar ou de uma situação. (...) O Diagnóstico Rápido e
Participativo – DRP é perfeitamente aplicável à área cultural. (...) O DRP
possui uma série de técnicas que podem ser utilizadas no diagnóstico cultural. Para
a sua realização, aconselha-se o uso de artefatos que permitam maior
visualização e compartilhamento de informações, como a elaboração de mapas, diagramas
e quadros ilustrativos.” P 106,107
O Mapeamento participativo é uma técnica baseada na coleta
de informações oriundas da percepção e conhecimento que as pessoas e grupos têm
do espaço no qual vivem. (...) envolve atores locais, por meio de um processo
participativo, na tentativa de levar em consideração a realidade dinâmica da
cultura, de recriação e reordenação constante de significados.” P 107
“o mapeamento sociocultural deve fazer uso de novos sistemas
metodológicos como a caroviografia e auscultas audiovisuais, instrumentos capaz
de capturar a “dinâmica dos coletivos jovens em constante transformação” “. P108
“O mapa cultural é um sistema interativo que possibilita
identificar informações sobre diferentes categorias, permitindo ainda, para
análises mais complexas, estabelecer cruzamentos de informações com dados sócio
demográficos (...) de cada Estado e das
maiores cidades do país.” P109
“No caso do Brasil, a Lei 12.343, de 2 de dezembro de 2010
que institui o Plano Nacional de Cultural, criou também o Sistema Nacional de
Informações e Indicadores Culturais – SNIIC, entendido com o um instrumento de
acompanhamento, avaliação e aprimoramento da gestão e das políticas publicas de
cultura.(...) A pretensão do SNIIC é a de prover o país de um conjunto de
informações de forma a subsidiar o planejamento e as tomadas de decisão
referentes às politicas publicas culturais.” P 112, 113
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