A
língua nada mais é do que um conjunto de elementos que possuem significados em
uma determinada sociedade e constituem a comunicação destes a partir da
linguagem. Saussure no inicio do século XX separava a língua da fala, para ele
a linguagem é como se dá a parte social da fala. A fala é como o individuo exterioriza a língua
convencionada socialmente, sendo que o ato comunicativo se dá a partir de uma
linguagem comum ao meio.
Quando
adquirimos uma primeira língua em grande maioria não percebemos a aquisição,
mas o processo para essa aquisição foi longo e as experiências externas ao
individuo são fundamentais para a construção das significações mentais. Essa primeira língua normalmente é adquirida
em casa através dos pais.
Mas
no caso de crianças surdas filhas de pais ouvintes, por vezes essa língua
somente é adquirida quando a criança entra em idade escolar. Sendo assim, por diversas vezes até a criança
chegar a escola ela ainda não possui uma língua de acesso para comunicar e
conviver socialmente, o que torna tardio
o desenvolvimento da consciência.
A
Libras, portanto é a língua natural e primeira a ser adquirida pelos surdos, o
processo de ensino e aprendizagem dela deve possuir metodologias adequadas e de
características especificas para surdos, levando em consideração que para se
ensinar ao publico ouvinte o ensino deve possuir características de segunda
língua.
A Libras possui especificidades que para os
surdos podem parecer simples, porém como observado no cotidiano muitos ouvintes
possuem dificuldade em aprender, Quadros (2009), mostra regras da estrutura
gramatical própria da língua de sinais, como o uso das expressões faciais para
caracterizar adjetivação do sinal.
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