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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

O ensino da língua brasileira de sinais na educação superior;

A Libras é reconhecida hoje pela Lei 10.436/2002, como a língua utilizado para comunicação e acesso da Comunidade Surda Nacional. Com isso, os indivíduos surdos do Brasil passaram a ter o direito de se comunicarem em qualquer que seja o âmbito em sua língua de sinais. Para que isso aconteça de fato o Governo Federal estipulou através do decreto 5.626/2005 que a língua de sinais deveria ser conhecida e praticada por uma camada da sociedade, onde o sujeito surdo exercesse seu direito pleno a comunicação dentro da sociedade Brasileira.
Para que essa acessibilidade aconteça, a lei prevê novas práticas a serem adotadas e o cidadão surdo de fato terá seu direito linguístico preservado, dentre essas estratégias a criação da disciplina de Libras em diversos cursos de graduação e Níveis médios, disciplina que será obrigatória em vários cursos.  A medida realmente se dá de grande valia, tendo em vista que a partir desta disciplina diferentes questões serão abordadas referentes à língua, cultura e identidade surda, o que poderia mudar a realidade do surdo ao se deparar com este profissional.
Percebe-se aqui um problema da educação nacional, a falta de profissionais aptos a exercerem a docência e o ensino da Libras como a lei pretende garantir, Quadros diz a respeito onde a maior dificuldade se dá na formação de profissionais na área da surdez, professores estes, bilíngues capazes de atuar na formação de outros professores. Pois a Libras só teve seu reconhecimento linguístico há algum tempo e ainda existem poucos profissionais formados no curso de Letras/Libras aptos a docência superior. A falta de profissionais capacitados, de materiais didáticos e também da utilização de metodologias adequadas, não somente para trabalhar com surdos, mas também com as diversas Necessidades Educacionais Especiais é um dos maiores problemas da educação brasileira.
Com a utilização de metodologias reflexivas e críticas, o processo de ensino e aprendizagem tende a ser diferente para cada aluno e isso não se faz contrário ao alunado surdo logicamente essas especificidades devem ser levadas em consideração para a elaboração das aulas de Libras. Para Vygotsky o processo de ensino e aprendizagem jamais acontece isolado, existe, portanto uma relação entre pessoas para acontecer esse processo e a mediação do professor é necessária para o desenvolvimento de cada aluno. A relação interpessoal durante o processo é constante e o professor é o mediador entre o conhecimento e o aprendiz.

O processo dialógico, explicitado por Bakhtin, correlaciona estes atores mostrando que é necessário estar todos os agentes em dialogo para que a prática docente de fato seja pertinente dentro do campo da docência superior, atividades pedagógicas reflexivas e metodologias adequadas a cada grupo de alunos devem ser vistas. Mas é necessária a conscientização sobre as falhas existentes diante da realidade nacional para a implementação da disciplina nos cursos de licenciatura, sendo os maiores empecilhos a carência de materiais didáticos e teóricos a respeito desta prática e também poucos profissionais capacitados, com o domínio da Libras.

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