Quando nos remetemos ao
termo tradução, leigamente entendemos como somente transmitir de um código para
outro, mas sabemos que esse processo é mais complicado do que a própria
palavra, quando vemos em um dicionário o significado da palavra traduzir,
percebemos que ele diz que é um ato de “transladar”, ou seja, transpor de um
lugar para outro, quando dizemos que estamos traduzindo, não é apenas o ato de
dizer sinais da língua de sinais no lugar das palavras do português, é muito
além, afinal a compreensão depende do nível de aproximação com a comunidade
surda.
Bassnett logo no inicio do
livro Estudos da Tradução esclarece:
Tradução envolve a
transferência do “significado” contido em um conjunto de signos de linguagem em
um outro conjunto de signos de linguagem através do uso competente do
dicionário e da gramática, o processo envolve também um conjunto completo de
critérios extralinguísticos. (2005, p. 35)
Portanto o tradutor precisa conhecer a
língua alvo para conseguir transferir o conceito real para ela. O ato de
traduzir se inicia quando começamos a conhecer determinada língua, por exemplo
quando crianças que tentamos dizer o que esta em nossa mente mas ainda não
conhecemos os significados de todas as palavras, o interessante é que começamos
a traduzir o mundo a nossa maneira. (MASSUTTI, 2009).
A necessidade de conhecer a fundo as
duas línguas é fundamental para que a tradução realizada seja alcançada, pois
“Não existe nenhuma língua capaz de dar conta de outra língua, pois a língua se
apresenta como uma formação que se fecha sobre si mesma”(ROSA, 2005, p.63), com
isso a tradução não deve ser literal, contendo transferência apenas de
significado palavra por palavra, mas sim com a transferência do conceito
pretendido pela língua do autor a ser traduzido. As questões culturais também
devem ser levadas em conta, assim como diversos fatores referentes as língua
envolvidas na tradução, (ROSA, 2005).
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