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terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

O ensino de português e a educação bilíngue para surdos;

O reconhecimento da língua de sinais como meio legal de expressão desta comunidade a partir da Lei 10.436/2002, trouxe ao aspecto linguístico uma nova característica para as concepções de linguagem e de educação dos surdos no Brasil. A caracterização oficial da Libras como língua primeira dos indivíduos surdos no Brasil, fez com que a escola e a educação revesse o papel desta na efetiva educação dos surdos nas escolas ditas inclusivas.
O ensino do português sempre foi motivo de sofrimento para o individuo surdo, a Libras se faz como língua primeira deste individuo e se espera que sua educação e alfabetização se dê nesta língua para que o ensino do português se torne como o ensino de uma segunda língua para estes indivíduos, porém o que acontece hoje é uma escola não preparada para receber este aluno, com professores que mal sabem sobre a surdez e como lidar com ela.
A educação bilíngue propicia ao surdo a utilização do seu direito linguístico, com uma língua que não depende da audição para ser adquirida, na modalidade espaço-visual. A partir do uso constante da Libras, o surdo se torna crítico, capaz de ser um bom leitor e pensador. A educação bilíngue propõe a língua de sinais como primeira língua, portanto ela é a língua utilizada para acesso à informação e o ensino da língua portuguesa se dá como segunda língua, não se esquecendo das características visuais dos surdos.
A escola exerce papel fundamental no desenvolvimento das crianças surdas, tendo em vista que a maioria delas possui pais ouvintes não detentores da língua de sinais, o que dificulta o acesso dessas crianças a sua língua materna. Portanto o professor quando se depara com essa criança precisa se utilizar de diversos artifícios para que esta compreenda o conteúdo. Seria adequado que todos os profissionais envolvidos fossem fluentes em libras, para que assim auxilie o aluno a desenvolver a respeito de sua cultura e identidade.
O uso da Língua de sinais Brasileira – Libras, na esfera educacional proporciona ao aluno surdo diversas possibilidades de reflexão e compreensão do conteúdo. Há algum tempo o uso desta língua no meio educacional foi proibido, o que pode ser percebido quando nos deparamos com a história do Instituto Nacional de Educação dos Surdos que somente a partir da década de 1990 foi liberado o uso da língua de sinais entre professores e alunos.
Com estudo referentes a surdez em alta é notório que o uso da Libras está sendo tido como primordial para que o aluno surdo seja alfabetizado, pois com a Libras mediando o ensino do português este passa a ser compreendido e o significado das palavras mais relevante. O português deve ser ensinado como segunda língua com metodologias adequadas ao aluno surdo.
Não podemos esquecer que em grande parte das vezes as crianças surdas são filhas de pais ouvintes e quando chegam a escola se quer conhecem alguma língua, sendo que o contato com outros indivíduos surdos lhe foi negado e a língua não desenvolvida, somente na escola é que a criança passa a aprender de modo formal uma língua que por diversas  vezes é passada por um profissional não habilitado para isso.Quadros ressalta a importância do contato precoce com a língua de sinais para que seu defict não seja tão perceptível.
https://www.youtube.com/watch?v=vxz3MPtKzk4

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